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E se eu não puder?

02/06/2021

Você tem o hábito de fazer essa pergunta? Com as diversas tarefas que fazemos “no automático” no dia a dia, nem sempre nos permitimos parar para refletir. 

Talvez hoje, dependendo como está a sua vida em relação à dinâmica da família ou a falta de uma rede de apoio, isso não faça sentido para você no momento. Mas peço que leia e guarde com carinho essa troca de mãe para mãe para quando precisar. Peço também que faça o exercício de traduzir para a sua realidade o exemplo prático que vou compartilhar, pois mesmo que você se identifique com a situação, pode ser que haja algo mais urgente por aí que precisa de atenção.

Quando minha filha começou a ir à escola ela já fazia as terapias regulares (fonoaudiologia e fisioterapia). Como as atividades eram na sequência, já saímos de casa com tudo o que era necessário. Na mochila tinha que ter tudo: roupas, fraldas, lanchinho, uniforme e tudo mais que precisava levar para a escola. Por isso ela tinha duas mochilas. Essa arrumação era sempre feita à noite, na tentativa de evitar correria pela manhã ou faltar algo - geralmente dava tudo certo!

A ida à escola ficou fora da rotina por um bom tempo e agora voltamos. Mantive as duas mochilas, por segurança e higiene, além da praticidade (sim, depois que se acostuma, fica mais prático!). Quase não lembrava da função que era arrumá-las e me peguei deixando para fazer tudo antes de sair de casa. Resultado: correria, esquecimento. Então passei a fazer isso em um horário melhor, com meu check list mental de tudo o que vai em cada uma. Na divisão de tarefas por aqui, essa é minha responsabilidade, mas e se eu não puder? 

É nesse ponto que quero chamar atenção. Nesse caso, o impacto pode não ser muito grande e facilmente contornável caso algo saia fora do esperado. Mas e se for outra coisa, algo como uma medicação contínua, alimentação restritiva em função de alergia? Não é a realidade por aqui, mas posso imaginar.

Voltando ao exemplo das mochilas, eu pensava “e se?” mas não tomava providências. Até que verifiquei minha agenda, teria duas noites seguidas com compromisso até tarde e precisaria deixar a tarefa com meu marido. A solução foi muito simples: fiz uma lista sobre o que ia em cada mochila, passei mais algumas orientações e colei na porta da geladeira. Simples, não é? E por aqui fez uma diferença! No fim, a tarefa ficou acessível para qualquer pessoa que precise fazê-la.

O convite é: comece pelo simples, converse com as pessoas que podem ajudar -  inclusive as crianças - passe orientações, faça esquemas, desenhos e deixe que façam (essa etapa  é fundamental). Ainda não envolvo a minha filha nessa organização, porém ela já guarda suas coisas quando chegamos em casa, separa o que está limpo do que está sujo e assim vai assumindo algumas tarefas, aos poucos.

Por Lilian Schwarz, Organizer e mãe da Marina. Para conhecer mais o trabalho da Lilian é só acessar o instagram @organizacaonamedida

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